Passo a Passo para Calcular sua Taxa de Esforço


A taxa de esforço é uma métrica muito relevante para qualquer pessoa que esteja considerando solicitar um empréstimo ou financiamento pessoal. Ela representa o percentual exato da renda mensal que será gasto com o pagamento da prestação da dívida. Essa taxa é minuciosamente analisada pelas instituições financeiras no processo de aprovação de crédito, para determinar com precisão a real capacidade de pagamento e endividamento de cada cliente. Por isso, é absolutamente fundamental que o consumidor conheça e entenda como calcular corretamente a sua taxa de esforço antes de contrair qualquer empréstimo.

Limites da Taxa de Esforço para Aprovação de Crédito

As instituições financeiras em Portugal levam muito a sério a análise da taxa de esforço antes de aprovar ou negar um crédito solicitado. Elas estabelecem limites e faixas orientativas para essa taxa, dentro dos quais consideram haver capacidade de pagamento. Geralmente, uma taxa de até 30% é vista como uma capacidade alta de endividamento, ou seja, o cliente provavelmente conseguirá arcar com o valor da prestação sem grandes sobressaltos. Já uma taxa entre 30% e 40% acende um sinal amarelo, indicando uma capacidade média, na qual o cliente terá que fazer um controle rígido do orçamento para conseguir pagar a dívida. E uma taxa acima de 40% é considerada uma capacidade reduzida, com alta chance de inadimplência, levando na maioria das vezes à negativa do crédito.

Documentos Necessários para Calcular Precisamente

Para que o cálculo da taxa de esforço seja feito com o máximo de precisão, os bancos em Portugal solicitam uma série de documentos comprobatórios da real renda e gastos mensais dos clientes e suas respectivas famílias. São requeridos comprovantes detalhados de rendimentos, como contracheques, extratos bancários e declaração de imposto de renda. Também são requeridos comprovantes de todas as despesas fixas, como prestações de outros empréstimos e financiamentos, aluguel residencial, pensão alimentícia, consórcios e mensalidades escolares. E por fim, são solicitados comprovantes médios dos últimos meses referentes a despesas variáveis como água, luz, telefone, gás, gastos com supermercado e alimentação, transporte e lazer. Quanto mais completa e detalhada for a documentação apresentada, mais precisamente a instituição financeira conseguirá calcular a taxa de esforço do cliente.

Passo a Passo para Calcular sua Taxa de Esforço

Fórmula Simples para Cálculo Rápido

O cálculo em si da taxa de esforço é bastante simples e rápido de ser feito. Basta aplicar a seguinte fórmula matemática:

Taxa de Esforço = Valor da Prestação do Empréstimo / Renda Mensal Líquida

Um exemplo prático: se a prestação do empréstimo é de €300 e a renda mensal líquida da pessoa é de €1000, então a taxa de esforço é de 30%, obtida facilmente pela divisão 300/1000.

Renda Familiar e Encargos Impactam o Resultado

Para chegar a um número fiel, o cálculo deve levar em conta corretamente todos os componentes. É imprescindível somar a renda líquida de todos os membros da família que contribuem para as despesas domésticas. Quanto maior a renda familiar total, menor tende a ser taxa de esforço, o que é positivo. Do outro lado, também é primordial somar todos os encargos financeiros mensais fixos e variáveis, como prestações de outros empréstimos, aluguel, pensão alimentícia, água, luz, telefone e todas as demais despesas. Quanto maiores forem os encargos, naturalmente maior também será a taxa de esforço resultante. Além disso, despesas futuras como pensão de velhice também devem ser consideradas.

Etapas para Cálculo Correto

Agora que você já conhece os principais fatores que impactam a taxa de esforço, vejamos um passo a passo de como realizar o cálculo corretamente:

  • Somar as rendas líquidas de todos os membros da família que contribuem financeiramente.
  • Somar todos os encargos mensais fixos e variáveis.
  • Subtrair os encargos da renda total para obter a renda líquida final.
  • Dividir o valor da prestação do novo empréstimo pela renda líquida final.
  • Multiplicar o resultado por 100 para converter em percentual.

Seguindo essa sequência, você pode chegar ao valor real da taxa de esforço de forma precisa. Lembre-se de incluir todos os componentes relevantes.

Conclusão

Fica evidente que é de suma importância que o consumidor conheça a sua taxa de esforço e mantenha-a dentro de parâmetros equilibrados, que não comprometam seu orçamento e sua saúde financeira. Isso aumenta enormemente as chances de aprovação de crédito pelo banco, evita o risco de entrar em inadimplência, permite o pagamento de outras despesas e proporciona mais tranquilidade e controle sobre as próprias finanças.

Em conclusão, todo candidato a um novo empréstimo ou financiamento deve avaliar com prudência e realismo a sua atual capacidade de assumir e pagar novas prestações, antes de tomar uma decisão que pode ter alto impacto em suas finanças pessoais. Conhecer profundamente a taxa de esforço individual ou familiar é a parte mais importante desse processo.